quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Sid por Nancy

Milhas separam a alma dos olhos, que tentam enxergá-la aos poucos. Pouco tempo que flui, impetuosamente. Vago como o fundo do tambor, é a alma, então, que estronda unissonante. Não fala de amor, isso basta. Não teme ser pecador, acalma. Não suspira o horror, mas há quem se apavore. Afirma solidão, mas da Lua sente provocação. Sendo um espinho em uma flor, vê-se flor bela em cor. Evita ser mundano, sendo brando inteira e loucamente, fulgindo nos olhos cegos em devaneios. Tem lábios que não falam, nem beijam. Mãos que não acariciam, mas se expressam. Deseja a carne, esquecendo que também tem alma, os olhos que sentem.

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