quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Que horas são?

Há muito por trás de uma pergunta. Tanto para quem a faz, quanto para quem a responde. Algo tão simples como isso, abre qualquer tipo de ideia ou conceito em relação à questionada ou o questionador. Quem pergunta, espera respostas. Quem responde, às vezes não vê nada por trás.

Quem pergunta aprova ou reprova as respostas, conceitua, opina, conhece, mata uma curiosidade ou um preconceito, fica admirado, perplexo, surpreso, desapontado, contente, triste, chocado, sentido. Quem pergunda expande a noção da curiosidade, pode se decepcionar logo, ou se admirar mais rápido. Pode fugir os pensamentos para ideias próprias ou de outros.

Quem responde percebe os detalhes nos quais nunca pensou, as ideias que nunca formulou, as comparações que nunca fez. Quem responde expande o auto-conhecimento, a auto-reprovação e auto-bajulação. Quem responde espera mais perguntas, de acordo com cada resposta. Quem respode é influenciado pelo humor e auto-compaixão, levando, às vezes, a forjar uma reposta.

Quem responde, também se pergunta. Quem pergunta, não saberia o que responder.

Um ciclo vicioso que pode gerar desconforto, vergonha; que não se satisfaz, mas não pensa com clareza, com rapidez; que se aperfeiçoa com os dias, com os anos. Nada melhor que perguntar e obter uma resposta prazerosa, ou várias respostas diferentes, ou variações das mesmas respostas. Muitas vezes, a pergunta, em, si não interessa, mas, sim, como ela é respondida. Outras vezes, respondemos o que gostaríamos que fosse, embora não seja. Perguntas e respostas podem movem céus e cabeças pensantes, mas, apesar de tudo, às vezes as ações valem mais.