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Não estou triste, tampouco feliz. Estou em uma calma irritantemente angustiada. Não sei para quem sorrir, ou o que falar. Apenas vivo desnorteada me alimentando de diversas maneiras, para sobreviver. Que razões me levam a isso, ainda não encontrei. Talvez a minha vontade de ser um pontinho mais significante no mundo me convença a encontrar sentimentos reais dentro de mim, sentimentos que também não me encontraram, o que torna difícil esse encontro tão desejado por minha angústia. Estranho como as pessoas estão constantemente idolatrando e sendo invisíveis, ao mesmo tempo que são idolatradas e tornam outros invisíveis. Meros sobreviventes do nascimento, é o que somos, tentando cobrir o silêncio com porquês, que levam a discussões, que se tornam separações. Tudo se resume a isso: explicações. Às vezes eu simplesmente não quero dizer o que estou procurando, talvez porque nem eu saiba e, caso encontre algo, não adiantaria mais falar.
Confesso que tenho meus momentos de euforia, e sempre encontro uma razão para explicar a que eles se resumem, mas também sei me convencer de que tudo passa, tudo acaba, todos se enganam e nada é como se vê, há muito além de tudo - muito mesmo, e quando consigo ser sincera comigo mesma me bate uma felicidade enorme. Talvez seja essa a minha prova de existência. Ou talvez não seja nada.